20/11/2008
Hoje tive um dia muito ocupado
a enfrentar as leis da natureza
a subverter as regras socais
a acelerar a minha mortalidade
Muitas vezes, recapitular o passado
a história dos momentos
os gestos dos feitos
as letras dos ditos
Basta para ridicularizar o anjo vermelho
Basta para rir na cara da morte
Outras vezes, como hoje
É preciso destruir o Presente
apertá-lo com as duas mãos
senti-lo contorcer-se debaixo da força dos dedos
incapaz de gritar
incapaz de lutar
Este Presente é demasiado incompetente para existir
No fim do dia, daqui a pouco
quando todos dormirem
Numa das cavidades de outro presente,
pensarei no desperdício que é abreviar o agora
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